sábado, 3 de setembro de 2011

Preparando o Veneno do Teatro - Notícia SP Escola de Teatro

 (Foto: Alexandre Cardoso)
Além de contar com a atriz e assessora pedagógica da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco Elen Londero no elenco, o recém-estreado espetáculo “O Veneno do Teatro” tem a participação de três aprendizes de cursos diferentes da Escola: Cauê Martins, de Iluminação, Andre Teles, de Sonoplastia, e Sérgio Ponti, de Atuação.

Martins é o responsável pela operação de luz, que foi criada por Roberto Paiva, artista convidado do curso de Iluminação. “A luz proposta é essencialmente realista, mas também tem algumas mudanças, variações entre as cenas”, comenta.

Saindo da mesa de luz, o responsável por operar o som é Teles. “A trilha sonora é composta por músicas barrocas do século XVIII e foi pesquisada pelo Sergio Mota e pelo Bartholomeu de Haro (diretor da peça). A operação é super simples, mas tem certas sutilezas que são bem interessantes”, observa.

O aprendiz destaca também que cerca de meia hora antes do início da peça, é realizado um sarau de música barroca, com músicos do grupo Zabaione Musicale, no saguão. É exatamente nesse momento, que entra em cena o aprendiz Sérgio Ponti. “Minha participação consiste em abrir o espetáculo. No sarau, peço a opinião das pessoas, interajo com o público. Quando elas vão adentrar o teatro, faço um sabrage (técnica utilizada para abrir garrafas de champagne com um sabre), que está diretamente relacionado ao tema de ‘Veneno do Teatro’”, explica.

Ponti está longe de ser um novato. Com 12 anos de teatro, o ator já passou por Rio de Janeiro, São José dos Campos, e por uma série de coletivos. Para ele, no entanto, este papel possibilita muitas descobertas. “Esta sendo muito gostoso. Ao conseguir estabelecer uma relação com a plateia, aprende-se muita coisa. Trajar-me aristocraticamente, trazer os referenciais que tenho e pesquiso, e desenvolver isso em cena é muito interessante a cada dia.”

Por outro lado, seu colega Martins vive agora sua primeira experiência no teatro. “É muito importante, pois posso adquirir conhecimento técnico. Também acho que o aprendizado que acontece no processo de criação é essencial, não só de iluminação, mas nas outras áreas. Eu vivencio aquilo que atores, diretor, sonoplastas, técnicos de palco fazem. A iluminação tem que estar em sintonia com todas as partes, senão não tem como fazer algo harmonioso.”

Teles se encontra no meio termo entre os outros dois. Ele já trabalha com teatro desde 2008, seja com iluminação ou som. Desta vez, porém, ele afirma ser diferente das demais, graças ao companheirismo que se desenvolveu entre os envolvidos com a montagem. “A equipe é sensacional. O Bartholomeu é muito íntegro, sincero. Depois dos ensaios, a gente sempre conversa, pois ele tem experiência como produtor, diretor e ator, tem uma visão muito ampla. Está sendo muito enriquecedor trabalhar com pessoas que estão sempre ligadas e preocupadas com o operador, a ponto de perguntar o que eu acho em determinadas situações.”

Neste fim de semana, a produção do espetáculo ofereceu 30 ingressos para aprendizes da SP Escola de Teatro assistir ao “O Veneno do Teatro”. Esta ação integra o Território Cultural. Conheça todas as atividades aqui.


Texto: Felipe Del

SP Escola de Teatro - Centro de Formação das Artes do Palco
http://www.spescoladeteatro.org.br/

02/09/2011

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