sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Crítica por João Varella, repórter do R7

Obra O Veneno do Teatro oferece show de música barroca como abertura
veneno do teatro Peça fala de filosofia sem chatice
Elen Londero e Bartholomeu de Haro (Divulgação)
Por João Varella, do R7

Uma peça de teatro com enredo na França do século 18 que discute epistemologia. Fácil montar uma peça chata com esses elementos. Mas O Veneno do Teatro consegue desviar desse aparente curso natural e fazer uma obra cativante.

“Epistemologia”, essa palavra difícil da primeira frase, é um ramo da filosofia que discute o conhecimento e a busca da verdade. É sobre isso que discutem os dois personagens da peça, um marquês (Bartholomeu de Haro, que também dirige a obra) e a atriz Sophie (Elen Londero). Os dois tem posições opostas sobre o que é representação. O debate gira em torno do teatro, mas a questão é mais ampla.

Em um determinado ponto, ele vai propôr a ela um desafio: interpretar um texto de sua autoria de maneira pouco convencional. O texto do marquês trata sobre a morte de Sócrates, filósofo grego que é conhecido pela obra de seus discípulos. Ou seja, todo o conhecimento desse pensador grego é de segunda mão, o que ajuda a dar mais pimenta metalinguística à peça, cujo texto original é do autor espanhol Rodolf Sirera.

Vale a pena pesquisar um pouco sobre a história desse importante pensador de antes de Cristo antes de ver a peça para entender outras referências.

A obsessão do marquês faz todo o sentido em uma França em pleno iluminismo, período conhecido por reunir pensadores que colocavam a razão diante de tudo. A tese do marquês é que que um ator só consegue representar os sentimentos de seus personagens quando realmente os vivencia. Na sua concepção, seu texto só pode ser declamado do seu jeito.

O marquês faz o diretor Lars Von Trier parecer até simpático no seus famosos maus tratos que faz aos seus atores. Claro que o marquês é só uma representação, certo de Haro?

O marquês usa Sophie como seu rato de laboratório. Ela, de uma casta inferior, em geral aceita as excentricidades do marquês. Essa relação hierárquica entre os dois personagens pode cansar um pouco, mas a firme atuação da dupla consegue amenizar isso.

O Veneno do Teatro reabre o teatro da Aliança Francesa, que ficou há mais de um ano sem receber peças. Assim como o Sesc Bom Retiro com Hamelin, a instituição escolheu uma peça que fala do teatro em si. Só que aqui o debate é mais profundo.

Bônus

Quem vai ao espetáculo ainda pode assistir a uma apresentação de meia hora dos artistas Eduardo Klein e Roberto Anzai, que tocam música barroca típica do período representado. Eles usam instrumentos pouco incomuns, como viola da gamba e espineta.

O Veneno do Teatro
Avaliação: Muito bom
Quando: Sábado às 20h30 e Domingo às 18h30
Onde: Teatro Aliança Francesa – rua General Jardim, 182, São Paulo, SP.
Quanto: de R$ 10 a R$ 30
Mais informações: (11) 2371‐7460
Peça não recomendada para menore de 14 anos

http://entretenimento.r7.com/blogs/r7-cultura/2011/09/15/o-veneno-do-teatro-fala-de-filosofia-sem-chatice/

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Imagens da Estréia

Roberto Anzai, Bartholomeu de Haro, Maurice Nahory, Elen Londero, Eduardo Klein, Sérgio Ponti e Juliette Streitwieser
 
A atriz Elen Londero, o superintendete da Aliança Francesa Maurice Nahory,o ator Bartholomeu de Haro e a coordenadora cultural da Aliança Francesa Juliette Streitwieser

O atores Bartholomeu de Haro e Elen Londero com Rubens Garcia Filho da GF Advogados Associados e sua esposa, Guiomari Garcia.

Fotos: Alexandre Cardoso

sábado, 3 de setembro de 2011

Drama "O Veneno do Teatro"

http://500melhores.com.br/teatro/drama-o-veneno-do-teatro


Cia Veneno do Teatro abre temporada de espetáculos na Aliança Francesa com peça ambientada na Paris Pré-Revolução Francesa – texto premiado do espanhol Rodolf Sirera Desde sua criação em 1964, o Teatro Aliança Francesa destacou-se como um espaço de encontros intelectuais e artísticos entre a França e o Brasil, revelando importantes nomes da dramaturgia brasileira e acolhendo grandes escritores franceses como Eugène Ionesco.

Foto: Alexandre Cardoso

Reabrindo o seu Teatro reformado, a Aliança Francesa tem como objetivo oferecer ao público uma programação aberta às diversas linguagens artísticas, de abrangência local e internacional, participando também da revitalização da região Centro de São Paulo. A proposta da parceria com a Cia Veneno do Teatro para o lançamento deste espetáculo visa promover o acesso do grande público a cultura gerando conhecimento e cidadania.

O Veneno do Teatro é um texto contundente do catalão Rodolf Sirera, um dos dramaturgos contemporâneos de maior renome na Europa e até então inédito no Brasil. A ação se passa na Paris de 1784, Pré-Revolução Francesa, onde um Marquês convida uma atriz, Mademoiselle Sophie de Beaumont para representar um texto de sua autoria (A Morte de Sócrates) em um teatro especialmente preparado na antecâmara do seu castelo e lhe propõe um jogo de vida ou morte.


Bartholomeu de Haro e Elen Londero | Foto: Alexandre Cardoso

A peça traz à tona questionamentos sobre a ética, estética, as máscaras e convenções sociais, o jogo do poder, em suma, a necessidade de autoconhecimento, o que a torna uma legítima celebração artística e cultural. Antes do espetáculo, o público é recepcionado no saguão do teatro com um sarau de música barroca ao vivo. Com O Veneno do Teatro, o autor recebeu em Barcelona, o Prêmio Max 2007 de melhor autor teatral – importante premiação européia equivalente ao Molière na França, ao Olivier na Inglaterra e ao Tony da Broadway.

O Veneno do Teatro está em exibição no Teatro Aliança Francesa, que fica na Rua General Jardim, 182 da Vila Buarque, até 30 de outubro de 2011, todos os sábados às 20h30m com sarau e o espetáculo às 21h e domingos às 19h com sarau e o espetáculo às 19h30m. Os Ingressos custam R$ 30,00 e estão disponíveis no site Ingresso Rápido.
 

Preparando o Veneno do Teatro - Notícia SP Escola de Teatro

 (Foto: Alexandre Cardoso)
Além de contar com a atriz e assessora pedagógica da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco Elen Londero no elenco, o recém-estreado espetáculo “O Veneno do Teatro” tem a participação de três aprendizes de cursos diferentes da Escola: Cauê Martins, de Iluminação, Andre Teles, de Sonoplastia, e Sérgio Ponti, de Atuação.

Martins é o responsável pela operação de luz, que foi criada por Roberto Paiva, artista convidado do curso de Iluminação. “A luz proposta é essencialmente realista, mas também tem algumas mudanças, variações entre as cenas”, comenta.

Saindo da mesa de luz, o responsável por operar o som é Teles. “A trilha sonora é composta por músicas barrocas do século XVIII e foi pesquisada pelo Sergio Mota e pelo Bartholomeu de Haro (diretor da peça). A operação é super simples, mas tem certas sutilezas que são bem interessantes”, observa.

O aprendiz destaca também que cerca de meia hora antes do início da peça, é realizado um sarau de música barroca, com músicos do grupo Zabaione Musicale, no saguão. É exatamente nesse momento, que entra em cena o aprendiz Sérgio Ponti. “Minha participação consiste em abrir o espetáculo. No sarau, peço a opinião das pessoas, interajo com o público. Quando elas vão adentrar o teatro, faço um sabrage (técnica utilizada para abrir garrafas de champagne com um sabre), que está diretamente relacionado ao tema de ‘Veneno do Teatro’”, explica.

Ponti está longe de ser um novato. Com 12 anos de teatro, o ator já passou por Rio de Janeiro, São José dos Campos, e por uma série de coletivos. Para ele, no entanto, este papel possibilita muitas descobertas. “Esta sendo muito gostoso. Ao conseguir estabelecer uma relação com a plateia, aprende-se muita coisa. Trajar-me aristocraticamente, trazer os referenciais que tenho e pesquiso, e desenvolver isso em cena é muito interessante a cada dia.”

Por outro lado, seu colega Martins vive agora sua primeira experiência no teatro. “É muito importante, pois posso adquirir conhecimento técnico. Também acho que o aprendizado que acontece no processo de criação é essencial, não só de iluminação, mas nas outras áreas. Eu vivencio aquilo que atores, diretor, sonoplastas, técnicos de palco fazem. A iluminação tem que estar em sintonia com todas as partes, senão não tem como fazer algo harmonioso.”

Teles se encontra no meio termo entre os outros dois. Ele já trabalha com teatro desde 2008, seja com iluminação ou som. Desta vez, porém, ele afirma ser diferente das demais, graças ao companheirismo que se desenvolveu entre os envolvidos com a montagem. “A equipe é sensacional. O Bartholomeu é muito íntegro, sincero. Depois dos ensaios, a gente sempre conversa, pois ele tem experiência como produtor, diretor e ator, tem uma visão muito ampla. Está sendo muito enriquecedor trabalhar com pessoas que estão sempre ligadas e preocupadas com o operador, a ponto de perguntar o que eu acho em determinadas situações.”

Neste fim de semana, a produção do espetáculo ofereceu 30 ingressos para aprendizes da SP Escola de Teatro assistir ao “O Veneno do Teatro”. Esta ação integra o Território Cultural. Conheça todas as atividades aqui.


Texto: Felipe Del

SP Escola de Teatro - Centro de Formação das Artes do Palco
http://www.spescoladeteatro.org.br/

02/09/2011

Elen Londero e Bartholomeu de Haro Estreiam “Veneno do Teatro” - Notícia SP Escola de Teatro

26/08/2011


Elen Londero e Bartholomeu de Haro Estreiam “Veneno do Teatro”

À frente da assessoria pedagógica da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, não há quem não conheça Elen Londero na Instituição. Ela, que agora divide seu tempo entre a Escola e a atuação, volta a pisar nos palcos com o espetáculo “Veneno do Teatro”, que estreia amanhã (27/8), às 19h, no Teatro Aliança Francesa.

Com ela e Bartholomeu de Haro no elenco, a peça traz à tona questionamentos sobre a ética, estética, máscaras, convenções sociais e jogo de poder. Em síntese, aborda a necessidade de autoconhecimento. “Recriamos um sarau de música clássica executado ao vivo pelos músicos Eduardo Klein e Roberto Anzai, onde o público pode apreciar um repertório de música barroca, realizado com instrumentos de época como violas da gamba, flautas barrocas e espineta, enquanto isso, uma personagem da peça (o criado) servirá bebidas ao público”, explica.

“Inseridos nesse 'novo' contexto, após o coquetel de recepção, o público é conduzido à sala de espetáculo onde a peça será encenada, ou seja, na antecâmara do castelo do Marquês. A minha personagem dita o ritmo desta convocação onde Bach, Mozart e outros mestres rompem o silêncio”, completa a atriz.

A ação se passa na Paris, no ano de 1784 (pré-revolução francesa). No enredo, o Marquês convida Mademoiselle Sophie de Beaumont, atriz, para representar, em um teatro especialmente preparado na antecâmara do seu castelo, o texto “A Morte de Sócrates”, de sua autoria e, na sequência, lhe propõe um jogo de vida ou morte.

Na ambientação cênica, o coletivo propõe, ainda, uma mostra do trabalho do designer gráfico Rodrigo Londero, que retrata alguns filósofos e escritores são citados no texto de Rodolf Sirera.

Serviço:

“O Veneno do Teatro”
Quando: 28/8 a 4/12 – Sábado, às 21h; domingo, às 19h
Onde: Teatro Aliança Francesa
Rua: General Jardim, 182 – Vila Buarque
Classificação: 14 anos
Blog: http://www.ciavenenodoteatro.blogspot.com/

Texto: Renata Forato



SP Escola de Teatro - Centro de Formação das Artes do Palco

26/08/2011