segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Parceria Cultural com FATEC e FESPSP

A Cia Veneno do Teatro e o Teatro Aliança Francesa firmam  parceria com a FATEC e FESPSP com ingressos promocionais para alunos das instituições.

O espetáculo O Veneno do Teatro que reinaugurou o Teatro Aliança Francesa em 27 de agosto de 2011 fica em temporada até o dia 04 de dezembro e o público pode apreciar um repertório cultural com música barroca ao vivo, breve exposição dos filósofos que são citados no espetáculo.ser uma homenagem ao Teatro e ao exercício do Ator, a peça possui vários gêneros que vão desde o registro do humor, passando pelo drama, a tragédia e também o metateatro culminando com um desfecho comovente e reflexivo. O texto do catalão Rodolf  Sirera foi premiado recentemente com o Prêmio Max em Barcelona.

O projeto está alinhado com as diretrizes do Viva o Centro e a parceria entre a DE HARO Produções Artísticas/Cia Veneno do Teatro e Aliança Francesa SP se estende durante o ano de 2012.

Não percam!

Serviço: 
Teatro Aliança Francesa – R. General Jardim, 182 – Centro, 214 lugares.
Sáb: 20h30 (sarau) 21h (espetáculo) e Dom: 19h (sarau) 19h30 (espetáculo)
Ingr: R$ 30. CC: AE, D, M e V. Estac. (R$ 10 em frente ao teatro - convênio)
Informações e Reservas: 2371-7460.
Ingresso Promocional: R$ 10,00 

(mediante apresentação da carteirinha da FATEC e/ou FESPSP)

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O Veneno do Teatro, Sócrates e Jesus - por João Varella

Comentários do jornalista João Varella no site Trilhos Urbanos

Sobre a peça O Veneno do Teatro já falamos aqui do local da obra e do que fazer depois que a peça acaba. Hora de dar pitacos sobre o Veneno do Teatro em si.

Uma excelente desculpa para assistir outro trechinho do sarau musical que é promovido antes do espetáculo.
Já fiz alguns comentários sobre a peça no R7. Só que, como no caso de Vestígios, para ir um pouco mais longe vou precisar matar o final da peça.


Aviso isso para o caso de você ter interesse em ver a obra e querer ficar com a surpresa completa. Eu acho que não perde a graça, mas enfim, spoiler alert dado, sigo.

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Como disse na crítica ao R7, Veneno do Teatro é cheio de metalinguagens. Vale a pena estar com Sócrates fresco na cabeça.

Sócrates não deixou nada escrito. O que se sabe sobre ele veio por meio de seus discípulos, sendo o mais importante deles Platão. Porém, um marquês da França pré-Revolução e com o iluminismo em ascendência prefere ver o mestre pelos olhos de seu discípulo que teve mais importância como testemunha do que como filósofo: Xenofonte.

O marquês, consumidor de cultura e com riqueza infinita, quer ver a morte de Sócrates. Para isso, escreve uma peça de teatro.

Na concepção do marquês, a verdadeira representação teatral só acontece quando um ator realmente sente na pele o que o personagem está sentindo. Logo, ele vai chamar uma atriz e a envenenar – como a Justiça de Atenas fez a Sócrates.
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Interessante não perder o iluminismo de vista. Depois da Revolução Francesa, a Igreja perde força. A fé é substituída pela razão e a lógica.

O marquês tem a sua tese-verdade sobre como deve ser uma representação teatral. Mas sua busca é quase kafkiana: o mais próximo da verdade que a representação chega é como simulacro.
Se a verdade fosse mármore, a representação seria uma bela escultura feita de realidade, porém oca em seu interior.

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Na boca de dois atores representando no palco, o jogo metalinguístico ganha força.

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Sócrates é condenado pela Justiça a tomar veneno por negar os deuses gregos e corromper os jovens. É o pilar da razão, da lógica, do Iluminismo.
Do outro lado da moeda está Jesus, o personagem central da fé cristã. Assim como Sócrates, Jesus não deixa nada escrito e tudo o que se sabe sobre ele vem através de seus discípulos.
Outros ponto em comum dessas duas figuras históricas: ambos aceitam suas condenações (Jesus aceita ser o mártir divino, um avatar de Deus; Sócrates tem a oportunidade de fugir, mas prefere ser condenado por valor moral).

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O marquês impõe seu jugo a atriz Sophie. Ela bebe o veneno sem querer. O marquês diz que dará o antídoto caso ela faça uma representação digna do texto da morte de Sócrates. Mas ele não se convence e a deixa morrer.

Sophie não é Sócrates, ou Jesus e, pela atuação de Elen Londero, a personagem não está pescando lhufas do que o marquês está falando. É uma vítima, que não está disposta ao sacrifício do ideal de teatro que o marquês tanto insiste.

O marquês não consegue ter acesso a Sócrates, assim como é impossível ter acesso a Jesus. O dogma religioso oferece um acesso altamente questionável ao éter de Jesus. A razão não tem ídolos.
A peça se passa às vésperas da Revolução Francesa, que vai decapitar aristocratas como o marquês, que abusavam das pessoas de classes mais baixas, como Sophie.

A Revolução é uma sanguinolência bárbara sem fé, mas cheia de razões.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O VENENO no FRANCE GUIDE

O veneno do Teatro em cartaz no teatro Aliança Francesa


Em exibição no Teatro Aliança Francesa São Paulo, um peça que retrata a história de um Marquês e uma jovem atriz francesa em uma Paris Pré-Revolução Francesa. Um espetáculo imperdível.

O Veneno do Teatro é um texto digno de aplauso, do catalão Rodolf Sirera, um dos maiores dramaturgos contemporâneos da Europa e até então inédito no Brasil.
O público é recepcionado no saguão do teatro antes da representação teatral com um sarau de música barroca ao vivo.

 
 
 
 
 
A história ocorre na Paris de 1784, Pré-Revolução Francesa, no qual um Marquês oferece a uma atriz, Mademoiselle Sophie de Beaumont, para encenar um texto de sua autoria e lhe propõe um jogo de vida ou morte.







 
A peça traz à tona questionamentos sobre a ética, estética, as máscaras e convenções sociais, o jogo do poder, em suma, a necessidade de autoconhecimento, o que a torna uma legítima celebração artística e cultural.
Com O Veneno do Teatro, o autor recebeu em Barcelona, o Prêmio Max 2007 de melhor autor teatral – importante premiação europeia equivalente ao Molière na França, ao Olivier na Inglaterra e ao Tony da Broadway.

Mais informações
O Veneno do Teatro


Texto: Rodolf Sirera.

Direção Geral: Bartholomeu de Haro.
Com Elen Londero e Bartholomeu de Haro.
Músicos: Eduardo Klein e Roberto Anzai. Participação Grupo VOZ.
Duração: 60 min.

Não recomendado para menores de 14 anos.

Datas e Horários: espetáculo em cartaz até dezembro 2011. Sábados às 20h30 (sarau) e 21h (espetáculo) e domingos às 18h30 (sarau) e 19h (espetáculo).

Ingressos: R$30 (Estacionamento - R$ 10 em frente ao teatro - convênio)

Informações e Reservas: 2371-7460. Confira promoção (grupos e convênios)

Ingressos por tel. 4003-2330 ou pelo site http://www.ingressorapido.com.br/Evento.aspx?ID=16902
Endereço: Teatro Aliança Francesa
R. General Jardim, 182 – Centro (capacidade para 214 lugares).

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

"O Veneno do teatro" réanime le théâtre de l'Alliance française de São Paulo

Matéria publicada no Aujourd'hui le Brésil

05/11/2011

Solange Orssaud (Aujourd'hui le Brésil).

A l'occasion de la réouverture de son théâtre des arts vivants avec la pièce O Veneno do Teatro (le Venin du théâtre), l'Alliance française de São Paulo offre 20 places gratuites aux lecteurs d'Aujourd'hui le Brésil jusqu'au 4 décembre 2011.



A cette occasion, l'Alliance française de São Paulo offre aux lecteurs d'Aujourd'hui le Brésil 20 places gratuites aux premiers inscrits et pour les autres, un tarif préférentiel de 15R$ (6€), valable également pour un accompagnant.

O Veneno do Teatro de Rodolfo Sirera a obtenu le Prix Max (équivalent du Molière) de meilleur auteur de théâtre en 2007

Rodolfo Sirera, metteur en scène et dramaturge espagnol, est considéré comme l'un des auteurs emblématiques du théâtre catalan. Ses pièces ont été traduites et jouées dans de nombreux pays, dont la France.

La pièce se déroule peu de temps avant la Révolution française. Un Marquis érudit (interprété par Bartholomeu de Haro) et passionné de théâtre, convie chez lui une grande actrice ( Elen Londero ) afin qu'elle joue pour lui une pièce de théâtre sur la mort de Socrate qu'il a lui-même écrite. L'utilisant comme un rat de laboratoire, il décide de tenter une expérience machiavélique dont le but est la mise en scène de de la mort réelle de l'actrice.


Après une peu plus d"une année d'absence, l'Alliance française de São Paulo a réouvert son théâtre des arts vivants avec la pièce du dramaturge espagnol Rodolfo Sirera, O Veneno do Teatro, mise en scène par Barthomoleu De Haro.

Un duel psychologique déroutant et subtil dans lequel le rapport de force entre les deux personnages sont soulignés de façon perverse. Le spectateur est plongé au coeur d'un roman noir à rebondissements qui, tout en évoquant des thèmes intemporels comme la violence, l'humiliation, l'abandon de soi, distille son venin autour duquel rôde la mort.

Et pour se mettre dans l'atmosphère de la pièce, le public est accueilli avec un verre de vin offert et un moment de musique baroque, interprétée par les artistes Eduardo Klein et Roberto Anzai aux sons de la viole et de l'espinette.

Comment participer ?

Envoyez un mail à aujourdhuilebresil2010@gmail.com en précisant la date de votre choix, votre nom, prénom et celui de l'accompagnant.

En vous inscrivant directement sur la page Facebook d'Aujourd'hui le Brésil.

Théâtre de l'Alliance Française

O Veneno do teatro, pièce en portugais

Jusqu'au 4 décembre 2011 - Durée 60 minutes
Tous les samedis à 20h30 et dimanches à 18h30

Rua General Jardim, 182 - São Paulo
Métro Republica
Parking à proximité

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