segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Parceria Cultural com FATEC e FESPSP

A Cia Veneno do Teatro e o Teatro Aliança Francesa firmam  parceria com a FATEC e FESPSP com ingressos promocionais para alunos das instituições.

O espetáculo O Veneno do Teatro que reinaugurou o Teatro Aliança Francesa em 27 de agosto de 2011 fica em temporada até o dia 04 de dezembro e o público pode apreciar um repertório cultural com música barroca ao vivo, breve exposição dos filósofos que são citados no espetáculo.ser uma homenagem ao Teatro e ao exercício do Ator, a peça possui vários gêneros que vão desde o registro do humor, passando pelo drama, a tragédia e também o metateatro culminando com um desfecho comovente e reflexivo. O texto do catalão Rodolf  Sirera foi premiado recentemente com o Prêmio Max em Barcelona.

O projeto está alinhado com as diretrizes do Viva o Centro e a parceria entre a DE HARO Produções Artísticas/Cia Veneno do Teatro e Aliança Francesa SP se estende durante o ano de 2012.

Não percam!

Serviço: 
Teatro Aliança Francesa – R. General Jardim, 182 – Centro, 214 lugares.
Sáb: 20h30 (sarau) 21h (espetáculo) e Dom: 19h (sarau) 19h30 (espetáculo)
Ingr: R$ 30. CC: AE, D, M e V. Estac. (R$ 10 em frente ao teatro - convênio)
Informações e Reservas: 2371-7460.
Ingresso Promocional: R$ 10,00 

(mediante apresentação da carteirinha da FATEC e/ou FESPSP)

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O Veneno do Teatro, Sócrates e Jesus - por João Varella

Comentários do jornalista João Varella no site Trilhos Urbanos

Sobre a peça O Veneno do Teatro já falamos aqui do local da obra e do que fazer depois que a peça acaba. Hora de dar pitacos sobre o Veneno do Teatro em si.

Uma excelente desculpa para assistir outro trechinho do sarau musical que é promovido antes do espetáculo.
Já fiz alguns comentários sobre a peça no R7. Só que, como no caso de Vestígios, para ir um pouco mais longe vou precisar matar o final da peça.


Aviso isso para o caso de você ter interesse em ver a obra e querer ficar com a surpresa completa. Eu acho que não perde a graça, mas enfim, spoiler alert dado, sigo.

*****

Como disse na crítica ao R7, Veneno do Teatro é cheio de metalinguagens. Vale a pena estar com Sócrates fresco na cabeça.

Sócrates não deixou nada escrito. O que se sabe sobre ele veio por meio de seus discípulos, sendo o mais importante deles Platão. Porém, um marquês da França pré-Revolução e com o iluminismo em ascendência prefere ver o mestre pelos olhos de seu discípulo que teve mais importância como testemunha do que como filósofo: Xenofonte.

O marquês, consumidor de cultura e com riqueza infinita, quer ver a morte de Sócrates. Para isso, escreve uma peça de teatro.

Na concepção do marquês, a verdadeira representação teatral só acontece quando um ator realmente sente na pele o que o personagem está sentindo. Logo, ele vai chamar uma atriz e a envenenar – como a Justiça de Atenas fez a Sócrates.
*****
Interessante não perder o iluminismo de vista. Depois da Revolução Francesa, a Igreja perde força. A fé é substituída pela razão e a lógica.

O marquês tem a sua tese-verdade sobre como deve ser uma representação teatral. Mas sua busca é quase kafkiana: o mais próximo da verdade que a representação chega é como simulacro.
Se a verdade fosse mármore, a representação seria uma bela escultura feita de realidade, porém oca em seu interior.

*****

Na boca de dois atores representando no palco, o jogo metalinguístico ganha força.

*****

Sócrates é condenado pela Justiça a tomar veneno por negar os deuses gregos e corromper os jovens. É o pilar da razão, da lógica, do Iluminismo.
Do outro lado da moeda está Jesus, o personagem central da fé cristã. Assim como Sócrates, Jesus não deixa nada escrito e tudo o que se sabe sobre ele vem através de seus discípulos.
Outros ponto em comum dessas duas figuras históricas: ambos aceitam suas condenações (Jesus aceita ser o mártir divino, um avatar de Deus; Sócrates tem a oportunidade de fugir, mas prefere ser condenado por valor moral).

*****

O marquês impõe seu jugo a atriz Sophie. Ela bebe o veneno sem querer. O marquês diz que dará o antídoto caso ela faça uma representação digna do texto da morte de Sócrates. Mas ele não se convence e a deixa morrer.

Sophie não é Sócrates, ou Jesus e, pela atuação de Elen Londero, a personagem não está pescando lhufas do que o marquês está falando. É uma vítima, que não está disposta ao sacrifício do ideal de teatro que o marquês tanto insiste.

O marquês não consegue ter acesso a Sócrates, assim como é impossível ter acesso a Jesus. O dogma religioso oferece um acesso altamente questionável ao éter de Jesus. A razão não tem ídolos.
A peça se passa às vésperas da Revolução Francesa, que vai decapitar aristocratas como o marquês, que abusavam das pessoas de classes mais baixas, como Sophie.

A Revolução é uma sanguinolência bárbara sem fé, mas cheia de razões.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O VENENO no FRANCE GUIDE

O veneno do Teatro em cartaz no teatro Aliança Francesa


Em exibição no Teatro Aliança Francesa São Paulo, um peça que retrata a história de um Marquês e uma jovem atriz francesa em uma Paris Pré-Revolução Francesa. Um espetáculo imperdível.

O Veneno do Teatro é um texto digno de aplauso, do catalão Rodolf Sirera, um dos maiores dramaturgos contemporâneos da Europa e até então inédito no Brasil.
O público é recepcionado no saguão do teatro antes da representação teatral com um sarau de música barroca ao vivo.

 
 
 
 
 
A história ocorre na Paris de 1784, Pré-Revolução Francesa, no qual um Marquês oferece a uma atriz, Mademoiselle Sophie de Beaumont, para encenar um texto de sua autoria e lhe propõe um jogo de vida ou morte.







 
A peça traz à tona questionamentos sobre a ética, estética, as máscaras e convenções sociais, o jogo do poder, em suma, a necessidade de autoconhecimento, o que a torna uma legítima celebração artística e cultural.
Com O Veneno do Teatro, o autor recebeu em Barcelona, o Prêmio Max 2007 de melhor autor teatral – importante premiação europeia equivalente ao Molière na França, ao Olivier na Inglaterra e ao Tony da Broadway.

Mais informações
O Veneno do Teatro


Texto: Rodolf Sirera.

Direção Geral: Bartholomeu de Haro.
Com Elen Londero e Bartholomeu de Haro.
Músicos: Eduardo Klein e Roberto Anzai. Participação Grupo VOZ.
Duração: 60 min.

Não recomendado para menores de 14 anos.

Datas e Horários: espetáculo em cartaz até dezembro 2011. Sábados às 20h30 (sarau) e 21h (espetáculo) e domingos às 18h30 (sarau) e 19h (espetáculo).

Ingressos: R$30 (Estacionamento - R$ 10 em frente ao teatro - convênio)

Informações e Reservas: 2371-7460. Confira promoção (grupos e convênios)

Ingressos por tel. 4003-2330 ou pelo site http://www.ingressorapido.com.br/Evento.aspx?ID=16902
Endereço: Teatro Aliança Francesa
R. General Jardim, 182 – Centro (capacidade para 214 lugares).

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

"O Veneno do teatro" réanime le théâtre de l'Alliance française de São Paulo

Matéria publicada no Aujourd'hui le Brésil

05/11/2011

Solange Orssaud (Aujourd'hui le Brésil).

A l'occasion de la réouverture de son théâtre des arts vivants avec la pièce O Veneno do Teatro (le Venin du théâtre), l'Alliance française de São Paulo offre 20 places gratuites aux lecteurs d'Aujourd'hui le Brésil jusqu'au 4 décembre 2011.



A cette occasion, l'Alliance française de São Paulo offre aux lecteurs d'Aujourd'hui le Brésil 20 places gratuites aux premiers inscrits et pour les autres, un tarif préférentiel de 15R$ (6€), valable également pour un accompagnant.

O Veneno do Teatro de Rodolfo Sirera a obtenu le Prix Max (équivalent du Molière) de meilleur auteur de théâtre en 2007

Rodolfo Sirera, metteur en scène et dramaturge espagnol, est considéré comme l'un des auteurs emblématiques du théâtre catalan. Ses pièces ont été traduites et jouées dans de nombreux pays, dont la France.

La pièce se déroule peu de temps avant la Révolution française. Un Marquis érudit (interprété par Bartholomeu de Haro) et passionné de théâtre, convie chez lui une grande actrice ( Elen Londero ) afin qu'elle joue pour lui une pièce de théâtre sur la mort de Socrate qu'il a lui-même écrite. L'utilisant comme un rat de laboratoire, il décide de tenter une expérience machiavélique dont le but est la mise en scène de de la mort réelle de l'actrice.


Après une peu plus d"une année d'absence, l'Alliance française de São Paulo a réouvert son théâtre des arts vivants avec la pièce du dramaturge espagnol Rodolfo Sirera, O Veneno do Teatro, mise en scène par Barthomoleu De Haro.

Un duel psychologique déroutant et subtil dans lequel le rapport de force entre les deux personnages sont soulignés de façon perverse. Le spectateur est plongé au coeur d'un roman noir à rebondissements qui, tout en évoquant des thèmes intemporels comme la violence, l'humiliation, l'abandon de soi, distille son venin autour duquel rôde la mort.

Et pour se mettre dans l'atmosphère de la pièce, le public est accueilli avec un verre de vin offert et un moment de musique baroque, interprétée par les artistes Eduardo Klein et Roberto Anzai aux sons de la viole et de l'espinette.

Comment participer ?

Envoyez un mail à aujourdhuilebresil2010@gmail.com en précisant la date de votre choix, votre nom, prénom et celui de l'accompagnant.

En vous inscrivant directement sur la page Facebook d'Aujourd'hui le Brésil.

Théâtre de l'Alliance Française

O Veneno do teatro, pièce en portugais

Jusqu'au 4 décembre 2011 - Durée 60 minutes
Tous les samedis à 20h30 et dimanches à 18h30

Rua General Jardim, 182 - São Paulo
Métro Republica
Parking à proximité

Retrouvez Aujourd'hui le Brésil sur Facebook

sábado, 22 de outubro de 2011

THEATRE/EXCLU PETITJOURNAL.COM - 20 places offertes pour O Veneno do Teatro !



Écrit par Amélie PERRAUD-BOULARD

L'Alliance Française propose aux lecteurs du PetitJournal.com une offre spéciale pour célébrer la réouverture de son théâtre aux arts vivants

L'Alliance Française réouvre son théâtre aux arts vivants. Elle accueille jusqu'au 4 décembre 2011 la pièce O Veneno do teatro, de Rodolfo Sirera, mise en scène par Barthomoleu De Haro. Théâtre, musique et philosophie sont au cœur du spectacle proposé pour l'occasion au théâtre de l'Alliance Française de São Paulo.
 

 O Veneno do Teatro, du catalan Rodolf Sirera, est montée pour la première fois au Brésil. Elle se déroule à Paris, juste avant la Révolution de 1989. Un Marquis convie Mademoiselle Sophie de Beaumont, actrice, à venir jouer La Mort de Socrate, un texte dont il est l'auteur. Il a spécialement aménagé en théâtre une des antichambres de son château : ce sera finalement un jeu de vie ou de mort qui sera proposé à la jeune femme.

Le dramaturge, un des contemporains espagnols les plus renommés, historien et philologue de formation, mène le spectateur à s'interroger sur les thèmes de l'éthique, l'esthétique, les conventions sociales et les masques, les jeux de pouvoir, et sur l'importance de la connaissance de soi. O Veneno do Teatro a été couronnée à Barcelone du Prix Max 2007 du meilleur auteur de théâtre, équivalent du Molière français du meilleur dramaturge.

 Avant que le spectacle ne commence, le public est accueilli aux sons de la musique baroque, jouée en direct par un ensemble musical.

20 places offertes pour les premiers inscrits !
Si vous voulez découvrir ce spectacle, une offre spéciale est réservée aux lecteurs du PetitJournal.com de São Paulo :
- Les 20 premiers inscrits pourront obtenir une place gratuite pour les séances du samedi 22 ou du dimanche 23 octobre 2011 (inscriptions en envoyant un mail à saopaulo@lepetitjournal.com.
- Pour tous les autres, l'Alliance Française propose un tarif préférentiel. A l'achat de votre billet sur internet (ingressorapido) ou directement à la billetterie, il vous suffit de mentionner que vous êtes lecteur du PetitJournal.com pour payer moitié prix, soit 15R$ !

Amélie PERRAUD-BOULARD (www.lepetitjournal.com – São Paulo) mardi 18 octobre 2011

Informations pratiques :
Teatro Aliança Francesa
Rua General Jardim, 182
Centro

Samedi : 20h30
Dimanche : 18h30

Estacionamento : 10 R$, situé juste en face du théâtre
Informations et réservations : 2371‐7460


Site de l'Alliance Française 

sábado, 15 de outubro de 2011

Le Thèâtre Du Soleil - Encontro no Teatro Aliança Francesa

Este encontro contará com a exibição do filme "Um sol em Cabul ...ou talvez dois" com a presença do diretor e bate-papo com Maurice Durozier e Duccio Bellugi, atores da Cia Théâtre du Soleil

O encontro será mediado pela Coordenadora Cultural da Aliança Francesa, Juliette Streitweiser e pelo Diretor da Cia Veneno do Teatro, Bartholomeu de Haro


O FILME

Um Sol em Cabul (ou talvez dois) / Un soleil à Kaboul...ou plutôt deux.
Documentário, 2007, 75 minutos.
Direção : Duccio Bellugi Vannuccini, Sergio Canto Sabido, Philippe Chevallier

Sinopse: Em junho de 2005, convidados pela Fundação para a Cultura e a Sociedade Civil, Ariane Mnouchkine e sua trupe do Théâtre du Soleil embarcam para o Afeganistão para realizar uma oficina em Cabul. Dessa pequena missão que começa no meio das ruínas e das rosas de um jardim, nasce o jovem grupo de teatro afegão, misto e corajoso, o Teatro Aftab... um pequeno Théâtre du Soleil da Ásia Central.

O BATE-PAPO

Maurice Durozier: Ator integrante do Théâtre du Soleil desde 1981, participando de mais de oito espetáculos, como Le dernier Caravansérail, Richard II, La nuit des róis, entre outros. Participou de produções cinematográficas, Le dernier Caravansérail, L’horloger e La nuit miraculeuse. Também trabalha como diretor teatral.

Duccio Bellugi: Ator do Théâtre du Soleil e também diretor de diversos filmes produzidos pelo grupo, como Le Dernier Caravansérail e Un soleil à Kaboul...ou plutôt deux.

A COMPANHIA THÉÂTRE DU SOLEIL

Fundada em 1964 por Ariane Mnouchkine juntamente com alguns colegas da Universidade de Sorbonne como uma Sociedade Cooperativa Operária de Produção. Em 1970, a trupe se instala na Cartoucherie, uma antiga fábrica de munição do exército francês, nas proximidades de Paris. Com inúmeros espetáculos, filmes e documentários, a trupe se transformou em um dos mais conhecidos grupos de teatro do mundo e da França.

A Cia está atualmente em cartaz em São Paulo no SESC Belenzinho com o espetáculo “Os Náufragos da Louca Esperança”

SERVIÇO
Exibição do filme “Um Sol em Cabul (Ou Talvez Dois)” e Bate-Papo com Maurice Durozier e Duccio Bellugi
Quando: 18 de outubro, às 19h30
Onde: Teatro Aliança Francesa
Rua General Jardim, 182 (Metrô República)
Entrada Franca*
Informações: afcultural@aliancafrancesa.com.br

* Os ingressos serão disponibilizados com 1h de antecedência.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Parceira Cultural

Evento Cultural

Alunos da FESPSP têm desconto em peça em cartaz no teatro Aliança Francesa
 
Companhia de teatro De Haro Produções Artísticas abre temporada no Teatro Aliança Francesa e oferece gratuidade para coordenadores, diretores, docentes e para os 10 primeiros alunos que entrarem em contato, para assistir o espetáculo O Veneno do Teatro. Para os demais alunos os ingressos estarão no valor de R$ 10,00, válido também para acompanhantes.
 
O público será recepcionado com sarau de música barroca ao vivo executado por dois músicos e poderá apreciar uma breve exposição com importantes filósofos que são citados durante a peça.
Os temas abordados na peça vão de acordo com várias áreas do conhecimento e incentivam o debate entre os atores, músicos e presentes.

“O texto premiado do catalão Rodolf Sirera, conta a história de um marquês que na Paris Pré-Revolução Francesa convida uma atriz para encenar um texto de sua autoria e lhe propõe um jogo de vida ou morte onde os questionamentos sobre ética, estética e convenções sociais ganham destaque estabelecendo conexão com a sociedade moderna. Por suas características singulares o espetáculo diverte, permite a reflexão e comove.” Comenta Bartholomeu Haro, diretor de espetáculo O Veneno do Teatro.

A primeira temporada vai até dezembro com sessões aos sábados e domingos e o foco é estabelecer uma difusão deste evento cultural que inclui teatro, música e filosofia.
Além disso, o projeto está alinhado com as diretrizes de revitalização da região e é apoiado pelo Viva o Centro.

As reservas podem ser feitas por meio do número (11) 2371 7460 ou pelo e-mail deharoart@yahoo.com.br

Serviço:
Teatro Aliança Francesa na R. General Jardim, 182 – Centro.
Sábado: 20h30
Domingo: 18h30

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Crítica por João Varella, repórter do R7

Obra O Veneno do Teatro oferece show de música barroca como abertura
veneno do teatro Peça fala de filosofia sem chatice
Elen Londero e Bartholomeu de Haro (Divulgação)
Por João Varella, do R7

Uma peça de teatro com enredo na França do século 18 que discute epistemologia. Fácil montar uma peça chata com esses elementos. Mas O Veneno do Teatro consegue desviar desse aparente curso natural e fazer uma obra cativante.

“Epistemologia”, essa palavra difícil da primeira frase, é um ramo da filosofia que discute o conhecimento e a busca da verdade. É sobre isso que discutem os dois personagens da peça, um marquês (Bartholomeu de Haro, que também dirige a obra) e a atriz Sophie (Elen Londero). Os dois tem posições opostas sobre o que é representação. O debate gira em torno do teatro, mas a questão é mais ampla.

Em um determinado ponto, ele vai propôr a ela um desafio: interpretar um texto de sua autoria de maneira pouco convencional. O texto do marquês trata sobre a morte de Sócrates, filósofo grego que é conhecido pela obra de seus discípulos. Ou seja, todo o conhecimento desse pensador grego é de segunda mão, o que ajuda a dar mais pimenta metalinguística à peça, cujo texto original é do autor espanhol Rodolf Sirera.

Vale a pena pesquisar um pouco sobre a história desse importante pensador de antes de Cristo antes de ver a peça para entender outras referências.

A obsessão do marquês faz todo o sentido em uma França em pleno iluminismo, período conhecido por reunir pensadores que colocavam a razão diante de tudo. A tese do marquês é que que um ator só consegue representar os sentimentos de seus personagens quando realmente os vivencia. Na sua concepção, seu texto só pode ser declamado do seu jeito.

O marquês faz o diretor Lars Von Trier parecer até simpático no seus famosos maus tratos que faz aos seus atores. Claro que o marquês é só uma representação, certo de Haro?

O marquês usa Sophie como seu rato de laboratório. Ela, de uma casta inferior, em geral aceita as excentricidades do marquês. Essa relação hierárquica entre os dois personagens pode cansar um pouco, mas a firme atuação da dupla consegue amenizar isso.

O Veneno do Teatro reabre o teatro da Aliança Francesa, que ficou há mais de um ano sem receber peças. Assim como o Sesc Bom Retiro com Hamelin, a instituição escolheu uma peça que fala do teatro em si. Só que aqui o debate é mais profundo.

Bônus

Quem vai ao espetáculo ainda pode assistir a uma apresentação de meia hora dos artistas Eduardo Klein e Roberto Anzai, que tocam música barroca típica do período representado. Eles usam instrumentos pouco incomuns, como viola da gamba e espineta.

O Veneno do Teatro
Avaliação: Muito bom
Quando: Sábado às 20h30 e Domingo às 18h30
Onde: Teatro Aliança Francesa – rua General Jardim, 182, São Paulo, SP.
Quanto: de R$ 10 a R$ 30
Mais informações: (11) 2371‐7460
Peça não recomendada para menore de 14 anos

http://entretenimento.r7.com/blogs/r7-cultura/2011/09/15/o-veneno-do-teatro-fala-de-filosofia-sem-chatice/

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Imagens da Estréia

Roberto Anzai, Bartholomeu de Haro, Maurice Nahory, Elen Londero, Eduardo Klein, Sérgio Ponti e Juliette Streitwieser
 
A atriz Elen Londero, o superintendete da Aliança Francesa Maurice Nahory,o ator Bartholomeu de Haro e a coordenadora cultural da Aliança Francesa Juliette Streitwieser

O atores Bartholomeu de Haro e Elen Londero com Rubens Garcia Filho da GF Advogados Associados e sua esposa, Guiomari Garcia.

Fotos: Alexandre Cardoso

sábado, 3 de setembro de 2011

Drama "O Veneno do Teatro"

http://500melhores.com.br/teatro/drama-o-veneno-do-teatro


Cia Veneno do Teatro abre temporada de espetáculos na Aliança Francesa com peça ambientada na Paris Pré-Revolução Francesa – texto premiado do espanhol Rodolf Sirera Desde sua criação em 1964, o Teatro Aliança Francesa destacou-se como um espaço de encontros intelectuais e artísticos entre a França e o Brasil, revelando importantes nomes da dramaturgia brasileira e acolhendo grandes escritores franceses como Eugène Ionesco.

Foto: Alexandre Cardoso

Reabrindo o seu Teatro reformado, a Aliança Francesa tem como objetivo oferecer ao público uma programação aberta às diversas linguagens artísticas, de abrangência local e internacional, participando também da revitalização da região Centro de São Paulo. A proposta da parceria com a Cia Veneno do Teatro para o lançamento deste espetáculo visa promover o acesso do grande público a cultura gerando conhecimento e cidadania.

O Veneno do Teatro é um texto contundente do catalão Rodolf Sirera, um dos dramaturgos contemporâneos de maior renome na Europa e até então inédito no Brasil. A ação se passa na Paris de 1784, Pré-Revolução Francesa, onde um Marquês convida uma atriz, Mademoiselle Sophie de Beaumont para representar um texto de sua autoria (A Morte de Sócrates) em um teatro especialmente preparado na antecâmara do seu castelo e lhe propõe um jogo de vida ou morte.


Bartholomeu de Haro e Elen Londero | Foto: Alexandre Cardoso

A peça traz à tona questionamentos sobre a ética, estética, as máscaras e convenções sociais, o jogo do poder, em suma, a necessidade de autoconhecimento, o que a torna uma legítima celebração artística e cultural. Antes do espetáculo, o público é recepcionado no saguão do teatro com um sarau de música barroca ao vivo. Com O Veneno do Teatro, o autor recebeu em Barcelona, o Prêmio Max 2007 de melhor autor teatral – importante premiação européia equivalente ao Molière na França, ao Olivier na Inglaterra e ao Tony da Broadway.

O Veneno do Teatro está em exibição no Teatro Aliança Francesa, que fica na Rua General Jardim, 182 da Vila Buarque, até 30 de outubro de 2011, todos os sábados às 20h30m com sarau e o espetáculo às 21h e domingos às 19h com sarau e o espetáculo às 19h30m. Os Ingressos custam R$ 30,00 e estão disponíveis no site Ingresso Rápido.
 

Preparando o Veneno do Teatro - Notícia SP Escola de Teatro

 (Foto: Alexandre Cardoso)
Além de contar com a atriz e assessora pedagógica da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco Elen Londero no elenco, o recém-estreado espetáculo “O Veneno do Teatro” tem a participação de três aprendizes de cursos diferentes da Escola: Cauê Martins, de Iluminação, Andre Teles, de Sonoplastia, e Sérgio Ponti, de Atuação.

Martins é o responsável pela operação de luz, que foi criada por Roberto Paiva, artista convidado do curso de Iluminação. “A luz proposta é essencialmente realista, mas também tem algumas mudanças, variações entre as cenas”, comenta.

Saindo da mesa de luz, o responsável por operar o som é Teles. “A trilha sonora é composta por músicas barrocas do século XVIII e foi pesquisada pelo Sergio Mota e pelo Bartholomeu de Haro (diretor da peça). A operação é super simples, mas tem certas sutilezas que são bem interessantes”, observa.

O aprendiz destaca também que cerca de meia hora antes do início da peça, é realizado um sarau de música barroca, com músicos do grupo Zabaione Musicale, no saguão. É exatamente nesse momento, que entra em cena o aprendiz Sérgio Ponti. “Minha participação consiste em abrir o espetáculo. No sarau, peço a opinião das pessoas, interajo com o público. Quando elas vão adentrar o teatro, faço um sabrage (técnica utilizada para abrir garrafas de champagne com um sabre), que está diretamente relacionado ao tema de ‘Veneno do Teatro’”, explica.

Ponti está longe de ser um novato. Com 12 anos de teatro, o ator já passou por Rio de Janeiro, São José dos Campos, e por uma série de coletivos. Para ele, no entanto, este papel possibilita muitas descobertas. “Esta sendo muito gostoso. Ao conseguir estabelecer uma relação com a plateia, aprende-se muita coisa. Trajar-me aristocraticamente, trazer os referenciais que tenho e pesquiso, e desenvolver isso em cena é muito interessante a cada dia.”

Por outro lado, seu colega Martins vive agora sua primeira experiência no teatro. “É muito importante, pois posso adquirir conhecimento técnico. Também acho que o aprendizado que acontece no processo de criação é essencial, não só de iluminação, mas nas outras áreas. Eu vivencio aquilo que atores, diretor, sonoplastas, técnicos de palco fazem. A iluminação tem que estar em sintonia com todas as partes, senão não tem como fazer algo harmonioso.”

Teles se encontra no meio termo entre os outros dois. Ele já trabalha com teatro desde 2008, seja com iluminação ou som. Desta vez, porém, ele afirma ser diferente das demais, graças ao companheirismo que se desenvolveu entre os envolvidos com a montagem. “A equipe é sensacional. O Bartholomeu é muito íntegro, sincero. Depois dos ensaios, a gente sempre conversa, pois ele tem experiência como produtor, diretor e ator, tem uma visão muito ampla. Está sendo muito enriquecedor trabalhar com pessoas que estão sempre ligadas e preocupadas com o operador, a ponto de perguntar o que eu acho em determinadas situações.”

Neste fim de semana, a produção do espetáculo ofereceu 30 ingressos para aprendizes da SP Escola de Teatro assistir ao “O Veneno do Teatro”. Esta ação integra o Território Cultural. Conheça todas as atividades aqui.


Texto: Felipe Del

SP Escola de Teatro - Centro de Formação das Artes do Palco
http://www.spescoladeteatro.org.br/

02/09/2011