domingo, 30 de setembro de 2007

Veneno na Caixa - Sucesso!

Realizamos 04 sessões de O Veneno do Teatro na Caixa Cultural Sé e os resultados foram satisfatórios.
Na estréia de quinta feira tivemos lotação completa (100 pessoas) e o espetáculo transcorreu de forma impecável, na sexta-feira tivemos um aumento de público e a vinda de +ou- 40 alunos que somados ao público normal resultou em aproximadamente 150 pessoas, com isso acomodamos algumas sentadas no chão, acomodadas nos tapetes By Kamy que nossa produção instalou.
Sábado, tivemos uma procura de aproximadamente 200 pessoas, talvez pela presença do filósofo e professor Roberto Romano que realizou uma palestra no final da sessão "brilhante". Conseguimos reunir nesta noite três áreas fundamentais à Arte: Teatro, Música Clássica, Filosofia tudo regado com vinho da Vinícola Miolo que foi servido também durante o encontro cultural após a sessão.
No domingo, mesmo não tendo palestra, repetiu-se a procura pela peça.

Segue abaixo um momento do nosso Encontro Cultural e é claro, nosso agradecimento especial ao professor e filósofo Roberto Romano.


Aqui segue a resenha que o professor postou no seu blog: http://www.robertounicamp.blogspot.com/

VENENO E TEATRO

Sábado à noite, na Caixa Cultural, assisti uma peça sublime. Tive a honra de ser o convidado para falar sobre o trabalho. Mas disse o mínimo, diante de tamanha perfeição estética. Não desejei atrapalhar a vista, os olhos, sobretudo os ouvidos dos que ali estavam para verificar até onde pode ir o desejo do mal, a kakourgia grega, na refinada arte do palco. A peça sintetiza os desafios da vida e da morte, tal como encarados no século 18 na filosofia de Rousseau e Diderot. Mas se eleva ao universal de modo cativante e ao mesmo tempo repulsivo. O trabalho dos atores emociona e permite o pensamento. Duas figuras construídas com a frieza do intelecto e a fúria da imaginação e do desejo letífero. O palco adequado, luzes idem, sons magníficos.Uma noite de beleza, horror, convite à reflexão madura. Tudo, claro, prenunciando "a sombra do divino marquês", na fala de Mario Praz (A carne, a mulher e o diabo na literatura romântica). A companhia seguiu para Curitiba. Espero que o Brasil todo a receba, para que alguns pensem no perfume da morte que se espalha em nossa comunidade onde mandam alguns marqueses e muitos artistas teatrais imaginam agir com livre arbítrio, quando são apenas marionetes (políticas, religiosas, esportivas, artísticas...universitárias).Obrigado a Bartholomeu de Haro pelo magnífico espetáculo.

Roberto Romano
Postado por Roberto Romano às 8:45 AM

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